Ervas aromáticas



Os benefícios da Curcumina
                                                                    
  A curcumina é um pigmento extraído da cúrcuma, também conhecida como açafrão-da-índia, responsável pela coloração amarela do curry, um tradicional tempero da cozinha indiana.

Suas propriedades farmacológicas são conhecidas da medicina ayurvédica, a milenar medicina tradicional indiana, mas apenas recentemente seus mecanismos de ação começaram a ser elucidados pela ciência ocidental. Estudos recentes têm revelado que esse pigmento apresenta fortes propriedades antioxidantes e antiinflamatórias.
Também foi comprovado que a curcumina pode reduzir a capacidade invasiva de certos tipos de câncer como os de fígado e esôfago. Entretanto, assim como para outras substâncias, é importante ser cauteloso. Usado moderadamente sob a forma de tempero, como no curry, pode se constituir em um importante alimento funcional. Sob a forma concentrada, como complemento alimentar, pode ser até perigoso.

Estudos do grupo de Lusânia Maria Greggi Antunes, pesquisadora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, revelaram que doses pequenas dessa substância (2,5 e 5 microgramas de curcumina por mililitro) ajudam a prevenir danos ao DNA (mutações) capazes de induzir ao câncer. Doses maiores (10 microgramas por mililitro) podem até causar os mesmos danos capazes de provocar o câncer.

Outro efeito que está sendo investigado é o neuroprotetor. Suas propriedades antioxidantes a tornariam um promissor fármaco no tratamento de doenças como o Parkinson e o Alzheimer.

Contudo, foi também observado que, em  altas concentrações,essa substância passa de antioxidante a pró-oxidante, ou seja, produz espécies ativas de oxigênio (popularmente chamadas de “ radicais livres”) ao invés de eliminá-las. Uma dúvida que ainda persiste é como essa mesma substância pode apresentar efeitos diferentes em modelos in vitro (cultura de células) e in vivo (animais). Uma explicação possível é que a sua biodisponibilidade seja naturalmente baixa, o que tornaria necessário o consumo de extraordinárias quantidades de Curry, por exemplo, para que viesse a ter efeitos tóxicos em animais.
Gilson Luis Da Cunha
Biólogo, doutor em Genética e Biologia Molecular pela UFRGS




Seja em pratos sofisticados ou simples, a presença de ervas aromáticas é bastante comum. Isto porque elas estimulam o olfato, um dos principais recursos para aguçar outros sentidos do nosso corpo. Tanto que em algumas civilizações antigas, as plantas aromáticas eram consideradas sagradas.


Alguns estudos têm relatado que o olfato, ao estimular o paladar, leva à maior produção de saliva.  Isto favorece o prazer degustativo e também pode ajudar no processo digestivo.


A culinária brasileira é bastante rica e diversificada. A mistura de sabores, odores e cores dos alimentos levam ao frenesi um bom apreciador.
Abaixo são citados alguns exemplos de plantas aromáticas bastante utilizadas no preparo de alimentos (LORENZI & MATOS, 2002):


- Alecrim (Rosmarinus officinalis L.)- As folhas, flores e frutos secos, quando triturados formam excelente mistura para uso de tempero de carnes e massas. Popularmente é indicada para casos de má digestão e redução de gases no aparelho digestivo.


- Coentro (Coriandrum sativum L.)- Suas folhas são muito utilizadas como condimento e aromatizantes para pães. Popularmente esta planta é usada para a eliminação dos gases intestinais.


- Hortelã (Mentha arvensis L.)- Suas folhas são muito empregadas por causa de sua sensação de refrescância. O chá é usado popularmente para problemas de estômago, acompanhados ou não de vômitos.


- Louro (Laurus nobilis L.)- Suas folhas são muito usadas como condimento, tanto em pratos salgados como doces. Popularmente é utilizada em distúrbios da digestão.


- Manjericão (Ocimum basilicum L.)- Esta planta é muito cultivada em hortas domésticas para uso condimentar. Popularmente é considerado um estimulante digestivo.


- Orégano (Origanum vulgare L.)- É uma especiaria de grande emprego, sendo considerado um ingrediente indispensável para o preparo de pizzas. Popularmente é indicado para casos de indigestão e flatulência.


- Sálvia (Salvia officinalis L.)- Suas folhas são muito usadas desde os tempos medievais como condimento de alimentos em vários países. As folhas e inflorescências são indicadas popularmente para casos de indigestão.


A quantidade utilizada de ervas aromáticas no preparo do alimento dependerá do gosto de quem a faz. Mas, é importante lembrar que cada erva possui composição química, onde algumas substâncias podem agir em nosso corpo, mesmo quando é usada apenas como condimento. Assim, é importante alertar o quanto e o número de vezes em que é consumido, para não ter surpresas desagradáveis.
Preocupar-se com a qualidade e procedência das ervas também é importante. Se plantada no quintal de casa, utilize com água potável para regar, bem como evite o acesso de animais de estimação na horta, para não contaminar com as fezes e urina. Ao comprar as ervas no comércio, certifique-se que esteja adquirindo um produto bem embalado, com data de validade, sem presença de insetos e mofo, ou qualquer outra alteração indevida.
Uma das formas de preservar o aroma por mais tempo, é embalar as ervas em sacos plásticos limpos e guardá-las na geladeira. Não utilize se elas estiverem com aspecto alterado, como cor e cheiro.
Utilizando as ervas aromáticas de forma adequada, além de realçar o odor e sabor do alimento, poderá obter também, os benefícios terapêuticos destas plantas, desde que utilizadas racionalmente.
Bom apetite!


Edna Sayuri Suyenaga
Professora Titular da Universidade Feevale
Doutora em Ciências Farmacêuticas





RECEITAS
por Claudia Carvalho - Nutricionista Reeducare

ÁGUA AROMATIZADA
Modo de fazer: faça um pequeno buquê de alecrim, hortelã e manjericão e coloque em uma linda jarra de vidro transparente. Sirva com cubos de gelo.
O visual estimula o consumo de água.


VAGEM COM ALECRIM
Ingredientes:
Vagem – 10 unidades
Alecrim – 1 colher de chá
Óleo – 1 colher de chá
Modo de fazer: 
Após a correta higienização da vagem corte em finas rodelas, reserve. Em uma panela coloque o óleo e “frite” o alecrim.  Acrescente a vagem, sal a gosto e uma colher de água, refogue.
Deixe-o al dente.
Você poderá substituir por cenoura.
Sirva como guarnição. Como entrada salada de folhosos, saladas cruas e cozidas. Sua porção de amido/leguminosa e carne.
Rendimento: 3 porções


MOLHO CAPRESE
Ingredientes:
Tomate italiano sem pele e sem sementes em cubos – 3 unidades
Ricota – 1 fatia grossa
Manjericão fresco – 2 buquês


Modo de fazer: coloque o tomate em cubos em uma tigela e salpique sal, reserve.
Corte em cubinhos a ricota e misture o manjericão, escorra a água do tomate e envolva tudo.
Sirva como molho para massas, misture ao arroz.
Sirva como entrada salada de folhosos, cruas e cozidas. Sua porção de carne e este molho para a massa.
Rendimento: 1 porção


PEITO DE FRANGO AO SUCO DE LARANJA
Ingredientes: 
Peito de frango em bife 2 unidades
Sal a gosto
Sálvia – 1 colher de sobremesa
Suco de laranja – 1 copo de 200ml


Modo de fazer:
Após retirar toda a gordura do frango corte em bifes e tempere com sal (alho opcional) e macere a sálvia, derrame o suco de laranja e deixe marinar por meia hora, no refrigerador.
Coloque em um refratário e cubra com papel alumínio e leve ao forno pré-aquecido por 15 minutos e deixe cozinhar por 15 minutos em fogo baixo. Descubra o frango e deixe por mais 15 minutos.
Sirva como entrada salada de folhosos, cruas e cozidas. Sua porção de carne e este molho para a massa.
Rendimento: 2 porções 




PEIXE AO MOLHO DE MARACUJÁ


Ingredientes
Pescada branca 1 filé
Sal a gosto
Suco de limão 1 colher (sopa)
Coentro 1 colher de chá
Salsicha picada 1 colher (chá) 
Polpa de  maracujá 1 unidade
Papel alumínio 


Modo de preparo
Tempere o filé com sal, salsinha, coentro e limão.
coloque-o em um refratário untado e leve ao forno para assar, coberto com papel alumínio. Asse por 10 minutos. Retire o alumínio. Regue o filé com o maracujá e deixe ferver por 1 minuto.
Coloque-o em uma travessa e  sirva com a porção de amido/leguminosa. Como entrada sirva salada de folhosos com vegetais crus e cozidos. 
Rendimento: 1 porção







Alergias Respiratórias

Com a chegada da primavera, as manifestações alérgicas se tornam comuns em pessoas com susceptibilidades aos processos alérgicos.
As reações começam a acontecer muito precocemente em crianças e manifestações respiratórias são as mais comuns.

Falando em alergias, os alimentos  contribuem em alguns processos alérgicos, alimentos como tomate, alguns frutos do mar, chocolates, soja, ovos, frutas cítricas, milho, trigo e alimentos condimentados quase sempre agravam o problema. 

Na indústria alimentícia são produzidos os alimentos processados, neste segmento mais de 3000 aditivos podem ser acrescentados aos alimentos. Mesmo que muitas destas substâncias usadas no processamento dos alimentos sejam seguras, não significa que isto realmente ocorra, desta forma corantes, aditivos, adoçantes, conservantes que encontramos nos rótulos dos alimentos podem provocar reações alérgicas e sobrecarregar o fígado prejudicando o funcionamento do organismo podendo intoxica-lo. 

O que devemos nos atentar é que crianças desde muito cedo estão recebendo estas substâncias através do consumo diário de alimentos como biscoitos, catchup, maionese e  demais alimentos processados destinado ao público, inclusive suco artificiais.

Então o fundamental é preocupar-se com o que oferecemos aos pequenos desde o começo da alimentação infantil contribuindo para que o organismo não reaja. O organismo reage às alergias de diversas formas e são sentidas através dos sintomas que podem ser  coceira na pele ou outras regiões do corpo, reações  de pele, sintomas gastrintestinais entre outros.

No tratamento das alergias respiratórias e das demais, estudos vêm mostrando a eficácia da suplementação com ômega 3. O ômega 3  é uma gordura benéfica ao organismo e o uso diário contribui para o fortalecimento do sistema imunológico reduzindo os feitos e sintomas das alergias respiratórias como as renites.

Esses processos alérgicos desencadeiam uma resposta inflamatória piorando pacientes asmáticos, sinusites e doenças respiratórias.  O ômega 3 atua reduzindo a inflamação. As boas fontes  dietéticas de ômega 3 são  alimentos como azeite de oliva, peixes, sendo a sardinha uma excelente fonte. O ômega 3 também é encontrado na linhaça, que tem seu melhor efeito através da farinha de linhaça.
A quantidade recomendada é de acordo com a faixa etária e deve ser indicada pelo médico ou nutricionista.


Prof. Me. Claudia Denicol Winter
Nutricionista 




Cupcakes
Nada mais saboroso no inverno do que um delicioso cupcake, pois nas baixas temperaturas o nosso organismo tem um funcionamento diferente, consumindo mais energia.
Importante é saber diferenciar suas receitas com ingredientes mais saudáveis,  para este momento saboroso ficar mais repleto de saúde e bem-estar.

Confira nossas RECEITAS e seus nutrientes:

CUPCAKE DE LARANJA
Ingredientes:
3 ovos; 1 ½ xíc. de açúcar mascavo ou orgânico; ¼ de xíc. de óleo de canola ou milho ou arroz; 1 laranja inteira com casca bem lavada; 2 xíc. de farinha de trigo branca; 1/2 xíc. de aveia fina ou gérmen de trigo ou farinha integral; 1 colher de sopa de fermento rápido; 2 colheres de sopa de linhaça dourada (opcional).

Preparo:
Bata os ovos com o óleo, o açúcar, a laranja inteira e a linhaça. Adicione ainda os ingredientes secos, aos poucos, mexendo delicadamente. Coloque em forminhas de papel untadas sobre forminhas de empadas. Leve para assar por 25 minutos.

Variação:
Substitua a laranja inteira, utilizada na massa, por 3 cenouras orgânicas médias e cruas, sem casca picadas.
Cobertura:
 ½ xíc. de açúcar mascavo, 3 colheres de sopa de cacau, 1 colherinha de manteiga, 5 colheres de sopa de leite.
Leve os ingredientes para cozinhar em uma panelinha e coloque sobre os bolinhos após assados.


CUPCAKE DE CHOCOLATE
Ingredientes:
3 ovos; 1 ½ xíc. de açúcar mascavo ou orgânico; 1 xíc. de água quente; 3 colheres de sopa de cacau; ¼ de xíc. de óleo de canola; 2 xíc. de farinha de trigo branca; ½ xíc. de aveia ou farinha integral; 1 colher de (sopa) de fermento

Preparo:
Bata os ovos, o óleo, o açúcar, o cacau e a água quente. Aos poucos a farinha peneirada e a aveia sem bater (o fermento por último, mexendo delicadamente).
Coloque meia xícara de chocolate meio amargo em gotas ou raspado, misturado com um pouco de farinha. Unte as forminhas de papel com óleo sobre as formas de empada. Asse por 25 minutos.

Variação:
Troque o chocolate por meia xícara de passas de uva ou castanha-do-pará picadas, ou nozes ou castanha de caju, envoltos em farinha.

Cobertura:
200 g de chocolate meio amargo e um de creme de leite. Derreta o chocolate em banho-maria. Junte o creme de leite, mexendo sempre. Leve ao micro-ondas por mais alguns minutos. Deixe esfriar e decore os bolinhos.


Nutrientes destes cupcakes:
- a semente de linhaça contém uma grande quantidade de fibras solúveis, que aumentam a sensação de saciedade e o saudável ácido graxo (óleo) ômega-3. É rica em lignina, substância que auxilia na proteção contra o câncer e ajuda na eliminação rápida do colesterol e em consequência na prevenção de problemas cardíacos, agindo contra a prisão de ventre (constipação). Para a liberação de todos estes componentes, a linhaça deve ser moída no liquidificador, em pequenas porções. Quando moída, a linhaça pode ficar rançosa rapidamente (deve ser armazenada na geladeira ou no congelador, em vasilhame de vidro, limpo e seco). O ideal é que seja moída no momento da utilização.

- o cacau aumenta o nível de serotonina no cérebro, agindo como um antidepressivo, promovendo uma sensação geral de bem-estar.
Já o chocolate meio amargo possui flavonóides que atuam na prevenção do câncer do intestino e, fortalecendo o sistema imunológico, previne contra doenças cardiovasculares. É ainda um ótimo antioxidante, reduzindo o processo de envelhecimento.



Gladis Fazenda - Nutricionista *Fazenda Nutrição