O melhor lugar do mundo



Todo mundo deveria ter a sua casa. Um lugar pra chamar de seu, por menor e humilde que fosse. E que este lugar pudesse oferecer o legítimo sentimento de segurança. Sem ameaça de agressão externa alguma.

Eu, que tenho a sorte de poder viajar e conhecer algumas paisagens estampadas em revistas, reconheço que não tem coisa melhor que voltar pra casa. Ao ninho construído. Um porto seguro onde a gente fica à vontade. E tem coisa melhor do que estar à vontade?


Conheço gente que inventa mil programas em casa.  A cozinha parece ser o local predileto para encontros afetivos. Tanto que a tendência das casas tem sido emendar cozinha à sala, democrático convite a participar da elaboração dos quitutes e pratos a serem saboreados, numa justa extensão e inclusão de membros da família aos eventuais convivas. Na cozinha, podemos praticar as receitas que colecionamos em livros, com os ingredientes de conhecida procedência.

Vamos e convenhamos, não há canto melhor pra leitura do que o canto que se tem em casa. Na poltrona, na cadeira ou recostada na cama, ler é uma delícia. Antes de dormir, induz ao sono.  Ao acordar, inspira um dia a ser vivido lá fora. Porta à fora, o mundo, o inesperado, o imprevisível. Porta adentra o conhecido, o confortável o mais que sabido. Lados de uma mesma moeda que compõe o cotidiano. 
Mas é o terreno da comunicação que alterou profundamente a vida dentro de casa nos últimos 50 anos. Quando ainda em tenra idade, só existiam duas formas de sair do doce lar. Ou se colocava literalmente os pés para fora, ou se ligava o rádio que contava notícias por vezes do além mar em grande defasagem de tempo. Depois veio a TV e mais adiante o telefone a estreitar as ligações com a realidade externa. 

Hoje ficando em casa, temos a opção de realmente estarmos presentes em bate-papos, rodas de chimarrão ou longas tardes de inverno regadas a bolinhos de chuva. Se quisermos, podemos escolher abrir várias janelas. As que nos convidam perceber as chuvas, o sol, o burburinho, o ruído dos carros velozes. Ou uma única janela a nos levar a infinitos lugares num click de TV. Como no  computador ou no celular.  É a gente confortável assistindo de camarote os conflitos e amores mundiais. Toda poesia e a miséria humana dentro de casa, mantendo a cômoda distância de expectadores. 



A escolha é estritamente sua.

Em casa, temos a possibilidade de entrar nas redes sociais em computadores interligados e conversarmos com gente a quilômetros de distância, distantes de nossos íntimos a centímetros de proximidade. E assim passar horas, dias a nos distrair. Podemos assistir ao filme que convier, no horário mais apropriado possível, em companhia que nos agrada.  Depende só de nós. Um ótimo programa que rende proveitoso aprendizado é silenciar e encontrar quem de fato somos. Até mesmo com nosso verdadeiro Deus. Tem gente que prepara altares num canto de casa para encontro pessoal com o sagrado. Pra mim, por exemplo, não tem casa sem um verdinho ou uma florzinha a receber olhares e cuidados. Nossa casa pode ser um espaço para contemplação de belas paisagens. Grandes viagens. Templo de prazerosas e sagradas comunhões.

Esp. Suzana Regina Kunz
Publicitária - Esp. em Marketing e Psicologia

O que funda o mental?

O mental tem início com o Psicossoma  (Winnicott ,1949), que  está na origem da vida, no período em que somos bebês.
Quando o bebê nasce o seu objetivo é se desenvolver psiquicamente e somaticamente.
Para o desenvolvimento saudável deste bebê, alguém deve fazer o papel de maternagem e necessitamos de um ambiente adequado.
Para o bebê se desenvolver, ou seja, o psicossoma se desenvolver de modo único e individual ele necessita de uma mãe e de um ambiente suficientemente bom.
Porque nada pode ser perfeito!!!...
Como se funda o mental?
Nesta proposta de Mãe e Ambiente suficientemente bons,  que se desenvolve um aspecto fundamental na nossa vida: o mental.
O mental se inicia através da solução que o bebê dá para as primeiras dificuldades da sua vida, como carinho, sono, fome...quando acaricia o lençol, passa no rosto e chupa o dedo.
Surge quando a figura materna e o ambiente  não atendem as suas necessidades e demandas, no momento em que a figura materna está ausente, ou quando o bebê necessita de uma solução e ninguém, no ambiente, o faz por ele.
E isto é necessário!!! Assim, tudo é um processo...
Quando se funda o mental?
Não se impõe ao bebê o desenvolvimento mental, sem o desenvolvimento do psicossoma, do bebê como um todo, do corpo e do psíquico.
Até porque no início, o bebê é o próprio psicossoma!
A diferenciação do psicossoma, em psíquico e soma, se dá, e deve se dar, com um desenvolvimento integral deste ser humano.
O perigo surge diante da diferença com o desenvolvimento do corpo, sem o desenvolvimento do psíquico, ou vice-versa.
Este desequilíbrio pode ocorrer:
- quando o bebê sofre interferência excessiva da figura materna, ou do ambiente, impedindo o desenvolvimento do mental ou
- quando o bebê diante da ausência exagerada desta figura, exagere também no desenvolvimento mental.

Como se o mundo fosse só um conceito mental.
O que é o psíquico?
O psíquico é desenvolvido a partir do imaginativo, do que se imagina sobre  o mundo, o corpo, os sentimentos...
E o soma?
O soma é tudo o quê diz respeito ao corpo, ao funcionamento dos órgãos  e dos tecidos e do corpo como um todo...
... a psique, o soma e o mental devem estar sincronizados.
Sabemos que o corpo e o psíquico sofrem as influências dos modismos, do mundo contemporâneo. O mental é essencial para a nossa vida. Mas acreditamos que é importante um mental próprio, pertinente a cada criatura humana.
Ele não é imposto, é desenvolvido de acordo com nossas dores e nossos amores... através do curso natural da vida.

Psicóloga Mestre Anna Maria Ruschel




Bem-estar com Acupuntura

Os seres humanos, tanto corporal quanto mental e emocionalmente, reagem aos ritmos e às manifestações externas do nosso espaço vital.
Os fatores climáticos influenciam, em grande medida, a nossa sensação de bem-estar.

No inverno, quando toda natureza parece ter adormecido, a terra armazena forças para um novo ciclo de crescimento. 

A escuridão e o frio protegem a vida ainda invisível até a nova primavera...
Segundo a tradição chinesa, o inverno pertence ao elemento água, no corpo humano, corresponde ao circuito funcional dos rins. Os rins – órgãos de filtragem e purificação da água – abrigam a força vital transitória, o QI “energia”.
Os rins protegidos e aquecidos nos dão a vitalidade que precisamos para conquistar nosso lugar na vida.
Por outro lado, o medo e a intranqüilidade constantes nos impedem de vivenciar e usufruir efetivamente a vida.

Manter os rins aquecidos é uma recomendação transmitida de geração em geração. 
O nosso sistema urinário sofre muito com o frio, quando não é protegido.

Um pulôver quente ou um colete macio, uma camisa de flanela ou talvez até uma camiseta de baixo de lãzinha, um cachecol para protegê-lo das correntes de ar é muito importante! Meias quentes ajudam os seus rins e ajudam o elemento água.
O ouvido é o órgão dos sentidos que corresponde ao elemento água. Nas últimas décadas, com enorme ênfase nos estímulos visuais, fica comprovado que poucas pessoas colocam as impressões sensoriais acústicas em primeiro plano. Há cem anos, na Europa Central, ainda havia uma cultura “auditiva e narrativa”, pois nem todas as pessoas sabiam ler e escrever. Contavam-se histórias e os mais jovens escutavam as histórias dos mais velhos.

Reservar ocasionalmente um pouco de tempo para cuidar de seus ouvidos é importante. 

Ficaremos surpresos ao ver que há muita coisa a descobrir, coisas que normalmente deixamos de ouvir. Uma música erudita, suave, agradável e uma bela paisagem relaxa os nossos ouvidos e a nossa alma...

Emy Sato - Acupunturista