O sentido da VINGANÇA



Ao ler o último livro de Claudia Tajes, que aborda a vingança, comecei a pensar sobre o peso que este sentimento ou esta ação exerce sobre o ser humano.
A vingança existe nos relatos mais antigos da humanidade. Existem as grandes vinganças que se configuram nas guerras e acabam sendo justificadas historicamente pelo domínio de terras, dinheiro ou honra. Mas no fundo sempre há, além da ganância, um sentido de vingança, pois já aparece a figura mítica do inimigo. Em todas as histórias reais ou fictícias, existe a polaridade entre o bem e o mal e, consequentemente, entre o herói e o vilão, conhecido como o “arqui-inimigo”.

Os próprios deuses, apesar da sabedoria e imortalidade que lhe são conferidas, são vingativos. O que sobra então para os meros mortais?
Será que em essência o ser humano é vingativo? Após alguns segundos de reflexão chego à conclusão que infelizmente SIM.

Mesmo que uma pessoa nunca tenha se vingado de outra, seja por princípios, por regras sociais ou por preceitos religiosos, com certeza este sentimento já permeou seus pensamentos. A ideia da vingança nasce de uma mistura de sentimentos e sensações. A princípio não importa se realizamos ou não a vingança, apenas o fato de imaginá-la e elaborá-la muitas vezes já nos satisfaz. O problema é que muitas pessoas não conseguem ficar no mundo da imaginação e tornam seus planos de vingança uma realidade.
Deveríamos dizer que ninguém deve ser vingativo, mas mesmo passivamente acabamos sendo vingativos. Quantas vezes, ao ver alguém com algum problema, não proferimos a expressão “bem feito, ele ou ela merecia”. Na realidade não fizemos absolutamente nada para que a desgraça se abatesse sobre o sujeito. “Ufa!!! Estou livre da culpa”. Mas a satisfação interna da vingança cumprida é inegável. Talvez até mais saborosa. Existe inclusive a expressão “Vingança é um prato que se serve frio”, ou seja, precisa-se de tempo para uma boa vingança.

Necessariamente não nos vingamos para que o outro sofra, mas para que possamos nos sentir melhor, para apaziguarmos o nosso sofrimento. A vingança é tão complexa que a pessoa vítima de nosso sentimento talvez nunca nos tenha feito nada, ou mesmo, talvez nem saiba de nossa existência. Parece ilógico este raciocínio, mas esta situação é muito comum em nossa sociedade.

A vingança pode inclusive ter um caráter místico, pois ela pode acontecer por desejarmos “mal a alguém”, “jogar uma praga” ou alguma expressão similar. A vantagem desta vingança é que também não nos envolve em uma ação que posteriormente possa nos causar uma culpa de punição, ou uma penalidade real.
Na verdade talvez não devêssemos tratar da questão da existência da vingança. Seria mais interessante saber porque este sentimento surge com tanta força e nos incomoda profundamente, impedindo, muitas vezes, que possamos conduzir nossas existências.
Um sentimento tão desagradável deveria ser eliminado, mas o ser humano parece gostar de nutri-lo. Mesmo quando a vingança é bem sucedida parece não trazer o prazer almejado.
Talvez isso ocorra porque o problema não seja a pessoa objeto de nossa vingança, nem a vingança em si e muito menos o resultado da vingança. A questão central é o vazio que muitas vezes sentimos em nossas vidas. A falta de objetivos pessoais. Em última instância devemos levantar a baixa autoestima e a falta de respeito que temos por nós mesmos.
Se as pessoas gostassem realmente de si mesmas, não permitiriam que sentimentos de rancor ou de vingança permeassem seus pensamentos. Esses sentimentos são muito dolorosos e envolvem um gasto de energia física e mental muito grande. Essa energia deveria ser revertida para objetivos que realmente fossem prazerosos.
Não quero dizer que ser vingativo é reprovável ou uma doença, ou um pecado. Afinal é um sentimento humano. Mas se somos humanos também somo racionais e vale a penas pensarmos e selecionarmos o que realmente nos traz felicidade. Pois todos sabem que a satisfação de uma vingança, independente de sua magnitude, é efêmera.

Profa. Dra. Geraldine Alves dos Santos 
Psicóloga
Universidade Feevale 
Espaço de Gerontologia do Núcleo de Atendimento Psicológico -NAP



   "Doutoura, cuida bem dele, ele é a minha paixão, é a minha vida !"
Ouvir isso no dia a dia dos veterinários já se tornou rotina.
Os animais de estimação conquistaram um lugar muito especial nos lares. Antigamente, lugar de cachorros e gatos eram fora de casa, dormiam numa caixa de papelão ou no chão, eram alimentados com restos de comida e banho, muitos nem tomavam. Hoje a realidade é outra, eles se tornaram  um membro da família, muitos com nome de gente, dormem na cama do dono, vão ao banho e tosa semanalmente, usam roupas de todos os tipos, sapatos, perfumes, pasta de dente, cinto de segurança, acompanham seus donos à caminhadas e ao shoppping; sem falar na grande quantidade de produtos alimentícios oferecidos pelo mercado pet.

Estes amados "filhos de quatro patas" tem mordomias que dão para encher uma página. Muitos donos, às vezes, exageram o seu "amor"e acabam dando tratamento de humano para seus animais de estimação.
Sempre digo a meus clientes,  que cuidem como filhos, mas que lembrem que ainda são animais de estimação, afinal, dar doces, petiscos e banhos diários podem causar danos a saúde de seus
bichinhos. Carinho e afeto nunca são demais!

   Muitos não entendem esta mudança, mas a explicação está no comportamento das famílias brasileiras. Há uns 30 anos atrás, as famílias tinham de 4 a 6 filhos, hoje a média é 1,8 filhos, o que levou o aumento dos animais de estimação.

Uma pesquisa feita em 2010 calcula que haja 1 cão para cada 6 brasileiros, sendo que 44% dos lares (classes A, B e C) tem algum animal.
   Na correria do dia a dia, muitas vezes, chegamos em casa cansados e lá estão eles... nos esperando com aquela alegria de quem recebe um rei ou uma rainha, sem pedir muito, apenas um pouquinho de carinho ou um colinho quentinho. Não precisamos falamos nada, nos entendemos muito bem ! Quem não tem ou nunca teve um filho de quatro patas, não tem idéia do amor que une este dono de seu cão (ou gato), um laço eterno de uma grande e verdadeira amizade ! 

Sônia Ludwig
Médica Veterinária - Hospital Veterinário Cão Nóia e Cia



Benefícios do animal de estimação


São inquestionáveis e muitas vezes surpreendentes os benefícios que trazem os animais de estimação na vida das pessoas. Pesquisas apontam que esses benefícios contemplam as dimensões físicas e emocionais melhorando a qualidade de vida das pessoas.

Cada vez mais se comprovam os efeitos terapêuticos advindos da relação entre pessoa x animal de estimação.

Se os animais de estimação tem importância na vida das pessoas, a atividade lúdica também, sobretudo para as crianças e adolescentes. O “brincar” faz parte da boa qualidade de vida que todos nós almejamos sendo essencial para a saúde mental e física.  É através do brinquedo e interagindo com as pessoas, com os animais e os objetos,  que as crianças constroem o conhecimento do mundo real.
É importante salientar que um animalzinho de estimação pode auxiliar e muito na construção de conhecimento de uma criança. Os animais de estimação, quando estão em companhia de pessoas, solicitam e estimulam à atividades tais como: correr, pular, saltar, entre outras. Se uma criança tem a possibilidade de brincar com seu animalzinho de estimação, se beneficiará muito com isto.

No contato com o animal de estimação as crianças e os adolescentes exercem o papel de cuidadores, 
repetindo o que receberam de seus pais em termos de cuidados. 

Os animais de estimação auxiliam na diminuição da ansiedade e do medo nas crianças e nos adolescentes. Os animaizinhos podem se tornar companheiros inseparáveis, levando amparo e aconchego em momentos de conflito.
Se você tem um animal de estimação sabe que o convite à brincadeira é inevitável ao chegarmos em casa. Esse momento vem acompanhado de um pedido de carinho e de aconchego, sobretudo se tivermos disponibilidade, por um instante, para dar-lhes atenção.
Em relação aos adultos e idosos, principalmente aqueles que vivem sozinhos, um animal de estimação compensa as necessidades de afeto, atenção e carinho.

O animalzinho preenche o vazio, 
traz movimento, vida e alegria ao ambiente. 

Me. Marilene Travi Pedagoga e Psicopedagoga